segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
ATREVIMENTO
(Rose Mori)
E ele foi chegando...
com um olhar de menino
pedindo carinho...
Aproveitou que a porta,
por um descuido meu,
estava entreaberta e foi entrando
Sorrateiro...
Silencioso...
Traiçoeiro...
E se instalou, comodamente,
como se tudo ali lhe pertencesse.
Tomou posse e ficou
sem licença para ficar.
E nada pude fazer...
nada quis fazer...
Era tão bom ter alguém ali
depois de tanto tempo só.
Entrou derrubando tudo:
minhas barreiras, minhas reservas,
meus pudores,
meus valores,
meu senso e contra-senso
Desarrumou tudo por mero capricho
e modificou de tal forma
que não me encontro mais...
E, pior,
está saindo agora
deixando toda a bagunça pra trás!
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