


Manuela Amaral
No teu corpo
é que me entendo
me subjugo
e me rendo
No teu corpo deslizado
sobre o meu corpo suado
faminto
carente
e breve
É que eu me sinto mulher,
qualquer coisa a quem pertenço
por um dia
um mês
um ano
sem data no calendário
e sem um dia de semana
(a dizer que é 6ª feira
e que depois é domingo)
porque o teu corpo é começo
onde termina o meu tempo.

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